Sunday, June 6, 2010

Mudanças

É impressionante como o tempo de fermentação de uma ideia, de uma dúvida pode ser longo, muitas vezes. E, de repente, plooft, cai aquela imensa ficha e tu percebe que a decisão estava alí, bem diante do teu nariz. É impressionante, também, como nos modificamos - ops, devo falar por mim, como eu me modifico - em função da sociedade ao nosso redor, e nos deixamos de lado, até mesmo assumindo como sendo tu mesmo aquele estereótipo externo. Penso que isso está intimamente relacionado ao quanto pensamos e ao quanto sentimos a nossa vida. Embora soubesse que precisasse sentir mais...não consegui..

Pensei demais minha vida.
Raciocinei.
Perdi tempo e vivências.
Sofri.
Pereci na confusão do vazio.

Cansei.
Fiquei sem rumo algum.
Chorei.
Quiz tudo ao mesmo tempo.
Enlouqueci.

Senti a minha vida.
Respirei.
Aliviei o peso da máscara.
Vivi.
Sentirei.
Viverei.


Pareço começar a sentir. E nesse sentir, descobri outra pessoa. Ou a mesma pessoa, lá guardada, escondida, amordaçada que se liberta, e que se solta. Por falar rem soltar, o conselho da minha mãe é "você precisa viver mais solta." E eu nunca tinha sentido isso tão fortemente como hoje. Acho que o sentir daqui para frrente terá um sabor mais saboroso, um cheiro mais cheiroso!!

Sunday, April 4, 2010

talvez sem luz...talvez sem cor..

101

Will there really be a "Morning"?
Is there such a thing as "Day"?
Could I see it from the mountains
If I were as tall as they?

Has it feet like Water lilies?
Has it feathers like a Bird?
Is is brought from famous countris
Of which I have never heard?

Oh some Scholar! Oh some Sailor!
Oh some Wise Man from the skies!
Please to tell a little Pilgrim
Where the place called "Morning" lies!
Emily Dickinson



Para a hora sem luz

Existe mesmo a manhã?
Há alguma coisa como o dia?

Terá pé feito açucenas?
Como um pássaro, terá penas?
Vem de um famosos lugar
De que eu nunca ouvi falar?

Marinheiro! Esdutante!
Grande sábio de algum clã!
Alguém conte à pequena viajante
Onde fica o lugar chamado manhã
Ângela Lago (Um livro de horas)

Páscoa, renascimento e mudança...

...nunca como neste ano a ideia de mudança me provocou tanto. E nunca antes eu havia notado a distância imensa que existe entre o refletir sobre a necessidade de transformação e o primeiro passo para que ela ocorra efetivamente. E ansiosa que sou...fico angustiada como o tempo que isso leva, quero tudo diferente, modificado para ontem..e já está atrasado!! Veja, aí está a primeira modificação a ser feita...cada coisa tem seu tempo e de nada adianta sofrer por antecipação..angustiar-se é perde de tempo e de saúde mental....
Fiquei pensando se isso é uma fase, se é coisa da idade..se é sei lá o que...só sei que mudanças estão na pauta...e que vigiar é preciso...para que ela aconteçam em um processo.....a Páscoa provoca esses pensamentos...que acabam restritos à semana que antecede os festejos pascais...mas e daí? na segunda-feira você nem quer mais saber de chocolate, Jesus renasceu e pronto...tudo se foi...o que é mudança mesmo? o que eu queria mudar mesmo?.....
Acho que esse ano não vai ser bem assim...ou a mudança acontece..ou a mudança acontece...essas são as opções...com o agravante de que elas não acontecem sozinhas....então a frase sai do impessoal...e assumo um eu...ou eu mudo ou eu mudo..essas são as minhas opções..



Wednesday, March 17, 2010

Me and myself: some conversation

The Folks Inside

Inside you, boy,

There’s an old man sleepin’,

Dreamin’ waitin’ for his chance.

Inside you, girl,

There’s an old lady dozin’,

Wantin’ to show you a slower dance.



So keep on playin’,

Keep on runnin’,

Keep on jumpin’, til the day

That those old folks

Down inside you

Wake up … and come out and play.

     Shel Silverstein


Wooow..that touched a nerve...even though it took a while to do so. Just had another appointment with my psychologist and we were discussing how much of my time I have used only for myself, my pleasure, my joy! Not that much..and that's why I started my sessions with her a year ago (see, a year..a turning point). When I let some things go...I just grab a whole pack full of other ones. And this reminded me of Silverstein's poem shown above. I don't think I have run , played or jumped as much as I wanted. And I do want that..but somehow I get other things to do. Jeez it's reaaaally difficult to change ones behavior, to look down inside and feel things and face things and realize how human you are.
Oops, although it looks like a crisis moment, it is not, it's just a moment for conscious thinking.
It also made me think how hard we can be with people asking or sometimes demanding them to change themselves when you're not even able to change yourself. That's such an unfair request. How selfish are we!!
Anyway..I have a whole year to go..I hope I have some more progress concerning this situation =) as I had in other ones!!!

Sunday, February 14, 2010

"O correr da vida embrulha tudo.
A vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer é coragem."
Guimarães Rosa

Coragem. Essa é a palavra para esse ano. Coragem.
Sem ela não se sai do lugar, porque não se é capaz de arriscar, de mergulhar no incerto, no desconhecido.
Interessante perceber que escrevo na terceira pessoa...até parece que eu ainda não incorporei aquilo que escrevo e, se escrevo é para tentar me convencer de que tais linhas escritas são importantes, de que devo colocá-las em prática.
sempre temos dois seres internos conflitantes, dialogando - ou devo dizer degladiando-se?Se é que são dois apenas...
De qualquer forma, viver é aprender, desaprender, reaprender..transformação constante.
Arrisco dizer que....
 (que droga, tocou a campainha...perdi o raciocínio)...voltaremos...

Tuesday, January 26, 2010


Taupo River..bungy place


Takarawera Vulcan..last eruption 1886


Waitomo Caves..on the way to see gloworms

Luge...one of the "radical" sports I was brave enough to try

Geysers in Te Puia

Jet boating..Huka Falls in the bak. another "radical" sport I plucked up the courage to try.

Wednesday, January 13, 2010

...and all around these...lots of other things..and people..and thousands of Brazilians and Asian people...but above all that feeling you get that everything is possible in a big city such as Auckland...which is partly true...if that's really what you feel...you see people in so many different styles and behaviors..and at least from the distance..no one bothers no one..
..but I strongly agree that this depends on the person..although it is hard for me to put it into practice...we manage the level of interference of society in your life..it seems though that in a big city like this..it is easier for you to do that..
I think the most recommended would be being yourself without depending on living in a huge center..where nobody seems to know anybody...or nobody...